sábado, 18 de julho de 2020

Ringo Starr: Qual o lugar de uma estrêla?



A dupla Lennon & McCartney concentrou, na maioria das vezes, as atenções referentes à obra e a importância do grupo The Beatles. Com justa razão que isso aconteça, mesmo atualmente, pois foram eles os autores de grande parte do sucesso do grupo.

Em seguida vem George Harrison, um competente guitarrista, compositor e interprete de suas músicas, na preferência do público em geral. Mas..., e o Ringo?
Qual o seu lugar?

Muito provavelmente é uma lenda, mas se comentava na época que John Lennon teria dito: “Quando somos aplaudidos após uma música, me sinto como fôssemos o máximo, mas ao me virar para trás vejo que somos apenas pessoas comuns”, numa referência ao baterista da banda.

Quando cada componente dos The Beatles foi gravar o primeiro álbum solo, que basicamente era uma extensão de suas obras anteriores, Ringo vai de mala e cuia para Nashville, o coração do “country music”, a fim de gravar o álbum "Beaucoups of Blues".





terça-feira, 14 de julho de 2020

Ed Benguiat, criador de fontes




Artesão de letras traz seu arsenal de alfabetos
Felipe Taborda
Especial para O GLOBO(03/05/2001)

Um dos inúmeros adventos da tecnologia possibilitada pelos computadores é que estes dão a sensação, a qualquer pessoa com limitados conhecimentos artísticos, de que é um designer gráfico. Esta ilusão, às vezes eufórica, é estendida também aos próprios designers gráficos, quando o assunto é desenho de letras. Os computadores possuem um programa específico para criar tipografias rapidamente, transformando assim todo e qualquer designer em um criador de tipos. Não há, hoje em dia, quase nenhum designer gráfico no mundo que não tenha desenhado seu próprio alfabeto e, é claro, na maior parte dos casos utilizáveis apenas em criações próprias, tal a ilegibilidade e falta de conceito que apresentam.

Criações que se impõem pela originalidade

Antes de tudo isso acontecer, em uma época em que não havia computadores, poucos designers se aventuravam a criar um alfabeto pessoal. Este trabalho exigia o desenho minucioso de cada letra, uma por uma, maiúsculas e minúsculas, e toda sua série de variações, tais como itálico (a letra inclinada), versões bold ou semi-bold (a letra um pouco ou mais gorda), condensada, estendida etc, etc. Para alguém ousar desenhar tudo isso era fundamental que sua criação apresentasse conceitos básicos sólidos, pois o enorme tempo gasto para realizar tudo isso não se justificaria apenas para uma experiência. Daí a longevidade da maior parte das criações de mestres designers do passado, tais como Herb Lubalin, Adrian Frutiger e Eric Gill, entre outros, e alguns poucos contemporâneos, tais como Zuzana Licko, Neville Brody e Barry Deck.