quarta-feira, 5 de março de 2014

O Bonde dos Foliões


Na verdade o bonde era o meio de transporte muito utlizado pela maioria dos cariocas, consequentemente cria-se uma cultura ao redor do bonde principalmente na música. As referências começam pelo condutor, o motorneiro, passa pelo próprio bonde e chegava na empresa responsável pelo serviço, a Light. Aliás, no processo de eletrificação dos bondes a partir da década de 10 do século XX, a Light que já era a fornecedora de energia elétrica, encampa os bondes e ainda controlava o serviço de gás, ou seja praticamente era dona de grande parte dos serviços públicos no Rio de Janeiro. Mesmo assim, quando o bonde começa mais frequentemente a servir como tema de música, no final dos anos 20, as críticas, ironias e gozações das letras, também refletiam o carinho que os usuários tinham com os trabalhadores e até com a companhia responsável pelos bondes. Essa estreita relação é ilustrada nos compositores da música “Bis” (O teu amor parece fita de cinema; Dura uma hora. Não há pecado; Parece uma viagem em bonde de Ipanema; Para se ficar no Largo do Machado) para o carnaval de 1934, um era Assis Valente que tem a parceria de um ex-funcionário da Light, Lamartine Babo.