sábado, 19 de julho de 2014

A versatilidade do pintor Eliseu Visconti





No pequeno folheto distribuido logo na entrada da exposição "Eliseu Visconti - A Modernidade Antecipada" (2012) podia-se ler os objetivos daquela mostra: apresentar ao público em geral um grande pintor e os que pouco o conheciam, aprofundar mais no seu universo. Com certeza essa meta foi alcançada, ao mostrar não apenas a sua grande produção, mas particularmente a diversidade de suas obras assim como outras áreas de sua atuação. Na verdade eram várias exposições reunidas numa maior, como se fossem capítulos de um livro.

Podia-se ver um pintor retratando durante a sua vida a própria família; como também um observador que registrava na tela os locais e as pessoas que vivam nas vizinhanças de sua casa, seja em Paris, em Teresópolis ou no Rio de Janeiro. A própria capital federal da época foi inspiradora para Eliseu Visconti (1866 - 1944) que pintou paisagens, o cotidiano e pessoas,como um repórter, desse Rio Antigo. Há ainda o imenso trabalho feito para decorar o Teatro Municipal de Rio de Janeiro, pintando os painéis do foyer, uma lindíssima pintura do plafond em volta da luminária bem acima da platéia, o pano de boca e etc; aliás trabalhos bastante delicados. Não esquecendo que Eliseu Visconti foi o precursor da atividade de designer, confeccionou sêlos e cartazes entre outras coisas.

Todavia há um capítulo em sua obra que sintetiza toda essa diversidade e riqueza de sua arte e que está bem representada nos seus autorretratos, que foram desenhados e pintados durante a sua vida, onde podemos encontrar diferentes estilos, tendências e "ismos", revelando não apenas a sua capacidade técnica e artística, mas foi um modo de Eliseu Visconti homenagear alguns dos grandes mestres da pintura.












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