Quando
era moleque, geralmente quando meu pai e eu íamos ao Centro da
cidade, era no sábado e o ônibus passava pela Av. Graça Aranha que tinha a mão invertida
em relação a de hoje. Um pouco antes do ponto que nós
descíamos havia um sinal que quase sempre estava fechado.
Apesar da impaciência dos adultos, esse momento para mim era
mágico. Da janela do ônibus a minha direita via um
imenso painel de azulejos em tons azul e branco com desenhos de
conchas tipo Pecten
e
cavalos marinhos. A imersão era total, ia nas profundezas
daquele mar, aquela obra cumpria o seu papel.
O
painel em questão é do
Palácio Gustavo Capanema
onde suas paredes externas são cobertas por painéis de
azulejos.
Palácio Gustavo Capanema