Na verdade o bonde era o meio de transporte muito utlizado pela maioria dos cariocas, consequentemente cria-se uma cultura ao redor do bonde principalmente na música. As referências começam pelo condutor, o motorneiro, passa pelo próprio bonde e chegava na empresa responsável pelo serviço, a Light. Aliás, no processo de eletrificação dos bondes a partir da década de 10 do século XX, a Light que já era a fornecedora de energia elétrica, encampa os bondes e ainda controlava o serviço de gás, ou seja praticamente era dona de grande parte dos serviços públicos no Rio de Janeiro. Mesmo assim, quando o bonde começa mais frequentemente a servir como tema de música, no final dos anos 20, as críticas, ironias e gozações das letras, também refletiam o carinho que os usuários tinham com os trabalhadores e até com a companhia responsável pelos bondes. Essa estreita relação é ilustrada nos compositores da música “Bis” (O teu amor parece fita de cinema; Dura uma hora. Não há pecado; Parece uma viagem em bonde de Ipanema; Para se ficar no Largo do Machado) para o carnaval de 1934, um era Assis Valente que tem a parceria de um ex-funcionário da Light, Lamartine Babo.
As marchinhas carnavalescas acompanharam a expansão e o apogeu dos bondes nas décadas de 30 e 40, e a decadencia nos anos 50 e o fim no início dos 60. Essa mudança se reflete não apenas na diminuição das composições, mas também nas críticas que se tornam cada vez mais pesadas. De qualquer maneira o bonde foi mportantíssimo no transporte de milhares foliões, que de tão cheio era impossível o condutor cobrar a passagem de todos, além do mais muitos bondes de tão enfeitados, eram como alegorias na paisagem do carnaval caroca. (alfeu)
Fonte: Tinhorão, José Ramos. 50 Anos de Bondes na Música Popular : O Cruzeiro - Edição Comemorativa do IV Centenário (1965) - pags: 67-71
As marchinhas carnavalescas acompanharam a expansão e o apogeu dos bondes nas décadas de 30 e 40, e a decadencia nos anos 50 e o fim no início dos 60. Essa mudança se reflete não apenas na diminuição das composições, mas também nas críticas que se tornam cada vez mais pesadas. De qualquer maneira o bonde foi mportantíssimo no transporte de milhares foliões, que de tão cheio era impossível o condutor cobrar a passagem de todos, além do mais muitos bondes de tão enfeitados, eram como alegorias na paisagem do carnaval caroca. (alfeu)
Fonte: Tinhorão, José Ramos. 50 Anos de Bondes na Música Popular : O Cruzeiro - Edição Comemorativa do IV Centenário (1965) - pags: 67-71
Música:
Tem Galinha no Bonde (Haroldo Lobo e Milton de Oliveira) – Aracy de Almeida
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